Em janeiro de 2000 o primeiro grupo de intercambistas brasileiros foi a Davenport onde foi realizado um jornal bilíngüe contando sobre experiências e diferenças entre os dois Países, e em junho de 2000 o grupo dos Estados Unidos veio até o Brasil, onde tive participação direta com o grupo e mantendo durante dois anos contato com o grupo.

Em junho de 2002 fui convidado pela professora Déb para fazer um intercâmbio de seis meses. Foi muito difícil para mim, 18 anos, desempregado e morando com a mãe, conseguir o visto de estudante, que hoje em dia é muito difícil de conseguir, mas meu irmão hospedeiro Brian Burton contatou com o governador do estado de Iowa, senador Vilsack, senador republicano Sr. Grassley e o senador democrata Sr. Harckin, onde todos trabalharam juntos para que eu conseguisse o visto, através de contato com o consulado americano em São Paulo, tendo resultado positivo no dia 12 de setembro de 2002.

Cheguei nos Estados Unidos em 19 de setembro onde fui muito bem recebido. Estava começando o bimestre escolar, tive que me adaptar a língua, fuso horário e ao trabalho escolar que era muito puxado.

Em outubro participei do World Food Prize, Congresso Mundial sobre Agricultura e Água Mundial, onde estão tentando resolver um problema da falta de água, fato real nos países Norte Americanos. Fui o primeiro brasileiro a ser convidado a participar da Convenção realizada em Des Moines, capital de Yowa, com o envolvimento de 46 países, onde me senti como se tivesse numa olimpíada representando a minha nação, oportunidade em que falei sobre o excelente e premiado Projeto SOS Lajeado Pratos, abrindo grandes oportunidades para poder cursar uma faculdade nos EUA.

Em novembro fui à Dallas no Texas para uma competição nacional na área de jornalismo em nível de segundo grau. Mais de 5.000 alunos de todos os estados dos EUA estavam participando. Assistimos palestras de como ser escritor em todas as áreas de um jornal, técnicas de como tirar uma foto perfeita para jornal, o livro do ano que todas as escolas americanas produzem, e algo sobre telejornalismo.

Como o inglês é minha segunda língua, participei na categoria de "fotógrafo de jornal", onde tive que escolher três fotos e analisa-las. Para minha alegria, fiquei entre os "Top5" dos fotógrafos jornalísticos nos EUA, sendo premiado com uma máquina fotográfica.

Foi uma super experiência, onde aprendi muitas coisas, dando valor a minha Pátria, por diferenças que a gente só nota quando sai do Brasil. Nos EUA aprendi algo muito importante, o de ser Patriota, pois o povo americano e extremamente patriota.

Um conselho para quem tiver uma oportunidade como a que eu tive, é de que não perca tempo, mas vá com objetivos definidos, porque as surpresas e o aprendizado virão ao natural.