"Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do Império para recensear-se... José e Maria também subiram da Galileia à cidade de Belém... Estando eles ali, completaram-se os dias , e Maria deu a luz o seu filhos primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" Adaptação de Lucas 1. 1-7.  

 

Nesse findar de ano, com os planejamentos do ano vindouro a soma do encerramento do presente ano, as expectativas com férias, festas, presentes e viagens vão acelerando e estressando a vida, as relações e as pessoas. 

Assim, quando refletimos sobre o Natal, muitas vezes, aparece a crítica veemente em relação à correria do final de ano, a ansiedade das férias, o consumismo frenético, como se isso tudo, fosse contrário ao Natal original. Pois Natal deveria ser concebido com meditação, como comunhão, com tranquilidade e solidariedade. 

Entretanto o nascimento de Jesus, o Natal original, não foi nada de calmaria, aconteceu numa cidade populosa em pleno censo, ou seja, cidade cheia, pessoas revendo parentes, aquelas com posses aproveitando para passear e festejar, enquanto as desfavorecidas amontoadas e acomodadas do jeito que dava nos porões, estrebarias, ruas e campos de Belém. Destarte, uma realidade de correria e de estresse muito semelhante à que vivemos no findar do ano. 

O Natal, a mensagem graciosa de Deus, não acontece porque as pessoas estão vivendo em harmonia, paz, comunhão, justiça e solidariedade. Ela acontece justamente porque as pessoas estão enlouquecidas, estressadas, cansadas, sem esperança e paz. 

O menino da manjedoura vem como luz para a escuridão, paz para o tumulto e os conflitos, esperança para o cansaço e o estresse, amor para a discórdia e a indiferença. 

Que a mensagem do Natal possa nos envolver acalmando o ritmo, humanizando a vida, dignificando as relações e restaurando em nossa vida, relações com alegria, paz, fé, amor, esperança e gratidão. Abençoado tempo de Advento!