“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Mateus 6.24

As pessoas deveriam trabalhar para viver bem! Isto, quer dizer: para adquirir uma vida com dignidade e conforto, para contribuir socialmente, para realizar projetos e propósitos, mas fundamentalmente para servir a Deus em gratidão.

O propósito do trabalho com transformação social, como dignificação do ser humano, como serviço ao próximo tem sentido quando se perpassa a lógica idolátrica do capital, da mercantilização do trabalho: Lógica em que o dinheiro e o lucro são centrais. Por isso, paga-se pouco e trabalha-se com insatisfação. Quando o cerne no trabalho é o dinheiro que se ganha, sempre se ganha pouco, independente se for para os patrões ou para os empregados.

 

Logicamente não temos como ignorar a mentalidade mercantil do trabalho, mas podemos resignificar o sentido e o propósito do trabalho como dignificação e gratidão. Ou seja, quanto o meu trabalho melhora a vida, das pessoas que estão perto de mim, das pessoas que estão longe de mim, e a minha vida? Quanto o trabalho é uma bênção ou um fardo?

Refletir sobre o dia do trabalho é pensar sobre aquilo a que se está servindo, para quem se está trabalhando? O trabalho dignifica e qualifica a vida ou a escraviza?

Necessitamos de rendimentos para viver com dignidade e qualidade, mas necessitamos da consciência de que o trabalho é um testemunho de fé para transformar a realidade, para servir ao próximo, para ser grato a Deus. 

A idolatria ao dinheiro e o desejo árduo pelo lucro sempre atuarão contra a dignidade e a vida em graça.