O momento atual exige que todas as áreas se reinventem e busquem alternativas para superar as dificuldades que surgirão. Neste sentido, é muito importante estar a par das tendências de cada área e isso motivou as colaboradoras do Núcleo de Recursos Humanos do CFJL/FAHOR, Ivete Linn Rupenthal e Suyâne Rosa de Moura a participarem de um evento online com "O Pai do RH", Idalberto Chiavenato, que discutiu a “Tendência e o Futuro dos Recursos Humanos”, com participação de Mônica Hauck, fundadora da plataforma de gestão de RH, Sólides.

De acordo com os comentários das colaboradoras, Chiavenato comparou fenômenos inesperados com um Cisne Negro: ninguém espera encontrar e quando isso acontece, é impactante. Assim como o “11 de setembro” nos EUA, algo inesperado, o mesmo acontece com a pandemia. “Ele mencionou que os estrategistas estão preocupados em criar cenários futuros, estão criando cenários otimistas e pessimistas, mas pode acontecer que nenhum deles consiga prever o cenário que de fato vai ocorrer. Precisamos tratar do futuro do RH, reinventar o nosso papel”, comentou a colaboradora Ivete.

Chiavenato explicou também que o termo RH surgiu na revolução industrial, quando vigorava a teoria de recursos, sendo que agora estamos entrando na era digital e o conceito da área ainda não mudou. “Pessoas não são recursos, são elementos vitais às organizações. Hoje, lidar com pessoas está muito diferente do que tempos atrás e estamos utilizando conceitos ultrapassados”, disse o especialista.

Segundo Mônica Hauck, os gestores de pessoas precisam pensar em manter a saúde mental das pessoas e criar modelos de gestão cada vez mais ágeis, para acompanhar as mudanças.

“O vírus está trazendo oportunidades para preservar vidas e os negócios, muitas empresas tiveram que agir na marra, se atualizar e reagir muito rápido às mudanças, aprender a trabalhar remotamente, um passo gigantesco. E, muitas delas irão continuar a trabalhar desta forma após a pandemia passar. Vão aparecer novas relações de trabalho, e o que impacta isto hoje é a rigidez da legislação trabalhista. Historicamente temos novas formas de trabalhar e vão se tornar novas alternativas, precisamos pensar em relações de trabalho diferentes, pensar como vai se dar este trabalho e pensar em termos de empoderamento e valorização das pessoas dentro das organizações” comentam as colaboradoras.

Segundo Chiavenato, na atualidade o que se nota é uma reimaginação do que é o RH, transformado pela era digital, este deverá mudar conceitos e deveria aproveitar estas circunstâncias para se atualizar. “No mês passado tínhamos a ideia de não conseguir preencher  vagas pela falta de qualificação, mas agora podemos encontrar pessoas em outras cidades, estados ou países, pois podemos contratá-los e estes trabalharem em home office para nossa empresa. As empresas precisam estar preparadas para enfrentar o inesperado”, avalia Chiavenatto.

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